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Agora são: .Horas e .Minutos - Bem vindos ao Infectados o Maior Portal de Resident Evil do Brasil.

Qual a sua Espequitativa para o Filme Residente Evil Degeneration

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24 de nov. de 2007

Wesker's Report II

Introdução

Antes do "incidente Resident Evil" ocorrer, Wesker deixou um registro de 20 anos antes e os eventos que ocorreram neste tempo.
Ele enviou este registro para uma "Eda Won" mas não temos mais detalhes sobre ela.
Nós divulgamos este registro aqui.
ATENÇÃO: O seguinte registro contém spoilers do Resident Evil original, partes 2, 3 e CODE: Veronica.

Parte 1 - O Experimento

31 de Julho de 1978

A primeira vez que visitei aquele lugar foi no verão de meu 18° ano. Mais ou menos 20 anos atrás. Assim que desci do helicóptero, me lembro do aspecto dos redemoinhos de vento que o helicóptero provocava com suas hélices. Quando vista de cima, a valha mansão parecia normal, mas quando vista do chão, havia algo mal e intimidante nela. Birkin (2 anos mais novo que eu) parecia, como sempre, estar concentrado somente no documento que segurava.
Fomos designados para a mansão 2 dias antes, no dia em que o "centro de treinamento executivo" de que pertencíamos foi fechado. Tudo parecia planejado e muita coincidência. Mas provavelmente a única pessoa que sabia a verdade era Spencer.
Spencer era uma das principais pessoas encarregadas da pesquisa americana do "T-Virus" no Laboratório de Pesquisas de Arklay.
Assim que descemos do helicóptero, o encarregado do laboratório estava em frente ao elevador pronto para nos receber.
Nem me lembro de seu nome. Quem se preocupa com formalidades e testas de ferro como ele; daquele dia em diante, o Laboratório de Pesquisas de Arklay era nosso. Como Pesquisadores Chefes, éramos completamente responsáveis por todos os aspectos do laboratório. Claro que foi assim que Spencer planejou. Ele nos escolheu.
Ignoramos o encarregado do laboratório e pegamos o elevador. Eu já havia memorizado a planta do prédio no dia anterior, e Birkin, apesar de não ter más intenções, nunca presta muita atenção a outras pessoas.
A maioria das pessoas aborrecem-se conosco 5 segundos após nos conhecer.
Porém, o encarregado do laboratório não esboçou reação alguma.
Até então, eu era um jovem tolo totalmente seguro de si, então não me importei com o encarregado.
Mas no final, eu era somente o boneco de Spencer, e o encarregado, cujo chefe era Spencer, pelo menos sabia os propósitos de Spencer, e o que ele pensava.
Todo o tempo em que estivemos no elevador, Birkin não tirou os olhos dos documentos que segurava.
O documento que Birkin estava examinando tão de perto era um relatório sobre um novo vírus que aparecia na África, chamado "Ebola".
Neste momento havia muitas pessoas, ao redor do mundo, estudando o Vírus Ebola. Porém, eu acho que há duas razões principais para esse estudo. Para ajudar as pessoas e... para matá-las.
Como você sabe, a taxa de mortalidade de alguém infectado pelo Ebola é de 90 por cento. Em 10 dias, destrói rapidamente os órgãos da pessoa. Até agora, não há razões conhecidas de prevenção e de cura. Poderia, possivelmente, destruir grande parte da raça humana.
Claro que antes disso, devido ao "Pacto de Proibição de Armas Biológicas", era-nos ilegal estudar o vírus como uma arma. Porém, mesmo se não fossemos nós a estudar, não havia provas de que alguém não estaria fazendo a mesma coisa e então era-nos legalizada a pesquisa - somente no caso. Há uma tênue linha na "lei internacional" entre o que é aceitável e proibido.
Então, tornou-se necessário pesquisar como as informações do estudo seriam usadas para prevenção, não como arma. Não há diferença no modo de se pesquisar um vírus para a cura e para armamento.
Como os dois são similares, é possível fingir de que está se estudando a cura, enquanto, na verdade, estuda-se a arma.
Apesar disso, naquele momento, por qualquer razão que Birkin estivesse olhando o relatório do Ebola, ele não estava pesquisando o vírus Ebola. O vírus tinha muitos "pontos fracos".
Primeiramente, o vírus só sobrevive por alguns dias fora de um corpo humano. Logo "morreria" se atingido por luz do sol (raios ultravioleta) por muito tempo.
Em segundo lugar, como mata o hospedeiro muito rapidamente não há tempo suficiente para transferir/infectar outros hospedeiros.
Finalmente, o vírus só é transferível através de contato direto, portanto pode ser facilmente prevenido.
Tente imaginar o seguinte: Se uma pessoa que foi fortemente infectada (a doença se espalhou por todo seu corpo) pudesse se levantar e andar? E, sem saber, estivesse em contato direto com outras pessoas, de seu convívio...
E se o RNA do Vírus Ebola pudesse alterar o código genético da pessoa? E se, através disso, a pessoa pudesse carregar o vírus sem morrer? E se essa pessoa tivesse o aspecto de um monstro?
Isto é, essa pessoa não seria um "morto-vivo" cujo corpo carrega o vírus? Algo que pudesse infectar outros, como uma "arma biológica viva".
Eu acho que temos sorte de o Ebola Vírus não tem o potencial de fazer tais coisas.
Imagino se teremos sucesso em manter tal vírus sem deixá-lo cair em mãos erradas?
Parecia que o Laboratório Arklay liderado por Spencer foi construído para esse propósito. Para criar uma doença capaz das características que listei antes. Oficialmente era somente uma empresa farmacêutica pesquisando curas para vírus, mas na verdade era um laboratório para a produção de armas biológicas.
A origem da companhia era criar novos vírus "iniciais" recombinando genes.
Para produzir "armas biológicas" a partir destes vírus "iniciais", começaram a ser estudadas "mutações de vírus" para "fortalecer" os vírus básicos já criados.
Isso era conhecido como o experimento "T-Vírus".
Vírus iniciais baseados em RNA podem facilmente ser mutados; Através destas mutações, é possível "fortalecer" seus traços.
A razão de Birkin estar tão interessado no Vírus Ebola era que ele estava pensando em recombinar os genes do Ebola num vírus inicial para fortalecer seus atributos. No momento em que chegamos no centro de pesquisa já havia uma amostra do Vírus Ebola nos aguardando.
Nós trocamos de elevadores várias vezes e finalmente alcançamos o nível superior do complexo. Quando chegamos, Birkin tirou os olhos do documento.
Foi a primeira vez que "a" conhecemos.
Não havíamos ouvido uma palavra sobre "ela" antes. Ela era um segredo ultra-confidencial no centro de pesquisas. E eles não deixavam informação sobre ela sair do complexo.
De acordo com os relatórios, ela estava no centro de pesquisas a partir do momento em que foi construído.
Ela tinha 25 anos.
Mas não sabíamos seu nome, nem quem era.
Ela era a cobaia experimental para o T-Vírus. O dia em que começamos a experimentar foi 10 de Novembro de 1967.
Experimentamos o T-Vírus nela por 10 anos.
Birkin resmungou algo.
Talvez fossem palavras amaldiçoando nossa situação. Talvez fossem palavras de satisfação.
De qualquer modo, atingimos o ponto sem volta.
Tínhamos duas opções: termos êxito em nossa pesquisa... ou apodrecer aqui como ela. Claro que significava que tínhamos somente uma opção.
Ela foi presa a uma "cama de canos" e algo nela me fez pensar...
Isso sempre fez parte do plano de Spencer?

(O registro continua 3 anos depois)

Parte 2 - Alexia 1

27 de Julho de 1981

Hoje, uma garota de 10 anos de idade foi enviada para cá, como pesquisadora chefe, vinda do Centro de Pesquisas da Umbrella na Antártica.
Seu nome era Alexia Ashford.
Eu tinha 21 anos e Birkin 19.
O quanto aborrecedor fosse, todo o complexo Arklay estava estremecido com os rumores da "Alexia Antártida". Ninguém falava sobre mais nada.
Ela estava na Umbrella há muito tempo. Os homens mais velhos da Umbrella conheciam o legendário nome dos Ashfords.
Antes, se tivéssemos atingido um ponto sem fim em nossa pesquisa, um dos antigos diria "se o Professor Edward estivesse vivo"...
Se eu me lembro bem, "Edward Ashford" foi uma das pessoas que descobriram primeiramente o "Vírus Inicial" e quem originalmente planejou a criação do T-Vírus.
Porém, ele morreu logo após a fundação da Umbrella. Já se passam 13 anos de sua morte. Então há algo a ganhar por ter grandes esperanças na linhagem dos "Ashford"?
E o Centro de Pesquisas na Antártida fundado por seu filho não mostrava nenhum resultado.
As pessoas não sabem os limites da sabedoria de Alexia? Ela é somente a neta de Edward.
Mas a partir do dia em que ela chegou, nossos subordinados imprestáveis começaram a dizer "É bom a Alexia estar aqui". Ela pode ser de uma família famosa, carregar grandes "genes", mas, porém, eu sabia que seria uma verdadeira luta encontrar subordinados com tanta falta de bom senso.
São idiotas desse tipo que, no caso de prenderem seus pés num balde, não seriam capazes de se mover ou imaginar o que fazer a não ser que alguém os diga.
Pelo menos eu ainda podia dizer a diferença.
Porém, se naquele momento eu tivesse me preocupado com a situação, teria atrasado todo nosso progresso na pesquisa do T-Vírus.
A não ser que você consiga se manter e ser decisivo não importem as circunstancias, o sucesso vai sempre lhe escapar.
Naquele momento eu pensava:
Fazendo bom uso do "passado" nós poderíamos alcançar bons resultados. E algum dos "velhos", que possivelmente morreriam a qualquer momento, poderiam ser ótimas cobaias.
Portanto, você acha possível se manter acima das pessoas, se você não souber usar racionalmente bem os "recursos humanos"?
Entretanto, o problema era Birkin.
O modo com que ele reagiu aos rumores de Alexia foi horrível.
Ele nunca disse, mas para Birkin, o fato de que ele era a pessoa mais nova a ser feita pesquisador chefe foi algo de que ele sempre foi orgulhoso..
Esse "orgulho" foi fortemente ferido pelo fato de que uma simples garota de 10 anos de idade se tornou pesquisadora chefe. Era provavelmente a primeira vez que alguém tão talentoso quanto ele sentiu a derrota.
Ele simplesmente não aceitava a "criança mais nova de boa linhagem".
Ser feito de bobo por alguém que não conseguiu nenhum resultado. Alguém que trabalhou tanto.
O fato de ele não conseguir superar isso mostra sua imaturidade.
Entretanto, mesmo que ele fosse imaturo, eu teria que trazê-lo de volta os sentidos, não importasse o que.
Foi durante estes 3 anos que nossa pesquisa entrou no 2° nível.
Foi nesse ponto que nós nos fixamos na idéia de fazer uma "arma biológica viva". Nós começamos a chamar o "T-Vírus por um novo nome - "Zumbi".
Entretanto, era impossível conseguir um total de infecção 100%. Entre as pessoas há uma sutil diferença que o vírus não pode superar. Parece que a "compatibilidade" também era um fator principal.
Mais ou menos 10 por cento das pessoas injetadas com o "Vírus Zumbi" não ficaram infectadas. E isso era algo que, não importa o quanto pesquisássemos, não podíamos contornar.
Uma doença que afetaria 90 por cento de todos os humanos parecia para mim uma arma bastante efetiva. Mas Spencer não enxergava dessa forma. Spencer disse que esperava por um vírus especial que facilmente acabaria com TODOS.
Mas, por que ele queria algo assim?
Uma característica importante de armas biológicas é que elas podem ser desenvolvidas baratas. Porém, a "arma biológica" que estávamos pesquisando começava a se tornar muito cara.
Se Spencer estava nessa somente pelo dinheiro, então ele provavelmente não teria escolhido gastar o dinheiro extra pesquisando um vírus especial que infectasse e acabasse com 100% de suas vítimas. Não era financeiramente "viável".
Por que ele queria ignorar todas as preocupações financeiras somente para continuar sua pesquisa?
Se mudando a idéia de guerra (através de guerra biológica), ele estava tentando monopolizar todas as indústrias militares, então eu entenderia mais...
Até hoje, não tenho idéia de suas verdadeiras intenções.
Mas qualquer que seja a real razão de Spencer, Birkin estava planejando fazer uma arma biológica que aumentaria a capacidade militar de um país.
Não somente para manipular os genes do "T-Vírus" mas também acrescentando outro código genético, ele estava planejando a criação "dele".
Uma arma biológica militar que poderia aniquilar aqueles não afetados pelo vírus, assim como as pessoas que estivessem vestindo roupa e equipamento anti-viral. Essa arma foi mais tarde chamada de "Hunter".
Entretanto, esse experimento foi interrompido.
Para proteger as cobaias de teste de Birkin.
O ritmo de Birkin foi acelerado pela existência de Alexia. Ele começou a agir "extraordinariamente".
Ele ficava no laboratório 24 horas direto. Tentando experimentos que ele nunca havia pensado.
Eu tentei usar outros pesquisadores para conseguir muitas amostras das cobaias antes delas morrerem, mas eu não conseguia acompanhar seu ritmo.
O encarregado do laboratório trouxe uma nova cobaia, como se nada tivesse acontecido. Mas ela, também, logo morreu.
Era o inferno.
E nesse inferno havia apenas uma pessoa vivendo - o corpo da cobaia feminina continuava vivendo.
Ela já tinha 28 anos de idade. Viveu 14 anos de sua vida no laboratório de pesquisa.
Alguém cuja "consciência" havia sido arrancada pelo "Vírus Inicial" que lhe foi injetado 14 anos atrás. Alguém que, se seu "coração" ainda estivesse vivo, somente esperaria a "morte".
Mas ela continuava "sobrevivendo".
Por que somente ela conseguia sobreviver tanto? Seus dados básicos de experimento e os das outras cobaias pareciam ser os mesmos.
Ainda levaria um longo tempo para resolvermos esse enigma.

(O registro continua 2 anos depois)

Parte 3 - Alexia 2

31 de Dezembro de 1983

O inverno do meu sexto ano no Centro de Pesquisa de Arklay.
Nos últimos 2 anos, não houve resultados significantes e o tempo parecia não passar, mas após muito tempo tivemos uma descoberta.
O que começou tudo foi um relatório que recebemos aquela manhã.
Alexia Antártida havia morrido.
A causa de sua morte foi que ela acidentalmente se infectou com um vírus que ela mesma estava pesquisando. Era chamado de "T-Veronica Vírus".
Alexia tinha 12 anos de idade. Parecia que ela era muito nova para estar conduzindo experimentos tão perigosos.
Havia muitos rumores para serem ouvidos. Um rumor particular sugeria que ela havia injetado o "T-Veronica" em seu próprio corpo. Mas não importassem as circunstâncias eu achava essa "teoria" implausível.
Provavelmente ela estava tão abalada com o desaparecimento de seu pai um ano antes que ela simplesmente errou um experimento.
Após isso, o único parente consangüíneo de Alexia, seu irmão gêmeo que havia trabalhado no Centro de Pesquisas na Antártida assumiu seu trabalho de onde ela parou. Mas ninguém tinha expectativas com ele.
No fim, a família "Ashford" estava basicamente "morta"... sem nem mesmo obtido um avanço para o experimento.
Foi justamente como eu pensei. Uma lenda é, acima de tudo, isso... uma lenda.
Após as notícias da morte de Alexia, Birkin mudou. Ou melhor, voltou ao normal.
Mas eu acho que o melhor era que seus subordinados agora não tinham escolha além de vê-lo como o pesquisador principal. Então, agora não havia ninguém que pudesse suprimir seus talentos.
Entretanto, com isso, se tornou "tabu" para qualquer um comentar sobre Alexia perto dele.
Ele fortemente se opôs quando eu planejei pegar uma amostra do T-Veronica Vírus.
Eu não tinha escolha além de procurar a verdade sobre a pesquisa de Alexia pelas costas.
No final, mesmo com a situação ótima, Birkin, ele mesmo, falhou na continuidade de sua pesquisa.
Entretanto, naquele momento, eu estava preocupado com outra questão.
O Centro de Pesquisas de Arklay era cercado por uma densa floresta.
Eu freqüentemente corria pela floresta mas pelo fato do centro ser localizado numa região montanhosa nunca havia ninguém nas redondezas.
O único meio de transporte era o helicóptero. E o centro não era exatamente o tipo de lugar que as pessoas vinham visitar.
Uma razão importante para o fato do centro ser localizado num local tão isolado era pra prevenção do vírus se espalhar em caso de "vazamento".
Porém, "armas biológicas" não eram tão simples.
"Vírus" não somente infectam pessoas. Eles infectam "outras" coisas também.
Qualquer vírus é capaz de infectar mais que um hospedeiro.
Por exemplo, o número de espécies que o ordinário "vírus influenza" (o resfriado comum) é reconhecido por infectar pássaros, porcos, cavalos, focas e humanos.
A parte difícil é que nem todos os tipos de animais/pessoas são afetadas. Por exemplo, entre as espécies de pássaros, patos e frangos são afetados, todos os outros pássaros não.
E, se um vírus mutar, então os tipos e número de hospedeiros afetados mudam.
Então é impossível criar um vírus capaz de afetar tudo.
E esse era o problema principal - tentar adaptar o T-Virus para que afete "tudo" que entre em contato.
Após Birkin se tornar "inútil", eu comecei a investigar o padrão de comunicação infecciosa do T-Vírus.
Foi aí que descobri que era um fato que o T-Vírus podia infectar quase qualquer tipo de ser vivo.
Não somente animais, mas plantas, insetos, peixes - quase qualquer espécie. O vírus tinha o poder de expandir-se e dispersar-se por toda a Terra.
Toda vez que eu saia do centro para andar na floresta eu sempre pensava comigo...
Por que Spencer escolheu este lugar?
Por que havia muitas espécies diferentes concentradas na floresta.
Se o vírus algum dia vazasse, então o que aconteceria a um lugar onde existem tantas espécies de seres vivos presentes?
No caso de insetos, eles são tão pequenos que você não acharia eles "perigosos", mesmo sendo portadores secundários do vírus.
Entretanto, insetos geralmente existem em "enxames" e esse grande número faz deles portadores muito perigosos, de fato.
Se eles fossem portadores, então qual a velocidade que o vírus se espalharia?
Se uma planta fosse um portador, pelo fato de não se moverem, você não esperaria que elas infectassem muita gente.
Entretanto, e quanto ao "pólen" que vem das plantas?
Considerando estes fatores, o centro era um lugar extremamente perigoso para se conduzir uma "pesquisa de vírus".
E se você realmente pensar, a localização do Centro de Pesquisas da Antártida dos Ashford era uma opção muito mais segura e óbvia.
Até mesmo parecia que este lugar foi especificamente escolhido, como um local para o propósito de "espalhar" o vírus.
Mas eu não imagino que seria realmente isso.
O que Spencer quer que façamos?
Esse era um problema maior. Tão grande que eu não podia contar aos outros pesquisadores.
Neste momento a única pessoa com quem eu poderia conversar sobre isso era Birkin, mas era evidente que contar a ele seria sem sentido.
Eu precisava de mais informação.
Foi aí que eu comecei a sentir as limitações de minha posição de pesquisador.
Eu precisava conseguir uma posição que me desse mais acesso a informações que revelassem o verdadeiro objetivo de Spencer.
Eu não sentiria amor algum em abdicar minha posição de pesquisador para descobrir.
Mas eu não podia apressar as coisas. Porque se Spencer tivesse idéia do que eu estava fazendo, estaria tudo terminado.
Eu voltei à minha pesquisa e eram "negócios como sempre", para não chamar atenção aos meus planos.
Neste momento, a cobaia de teste feminina que continuava sobrevivendo foi deixada em um canto e esquecida.
Uma espécie que "poderia estar viva".
Nós começamos a chamá-la assim, algum tempo depois dela deixar de dar dados úteis para nós.
Pelo menos, até 5 anos depois isto é...

(O registro continua 5 anos depois)

Parte 4 - NEMESIS

1° de Julho de 1988

O verão do nosso 11° ano em Arklay estava começando.
Eu tinha 28 anos de idade.
Birkin havia se tornado pai e tinha uma filha de 2 anos de idade.
Sua esposa era uma das pesquisadoras que trabalhou em Arklay.
Eu normalmente acharia difícil entender uma pessoa querendo se casar e criar uma criança, enquanto executando estas pesquisas.
Mas diziam que somente pessoas "extraordinárias" continuavam trabalhando em Arklay.
Somente os loucos eram bem sucedidos.
Então, após 10 longos anos, nossa pesquisa finalmente atingiu o 3° estágio.
A criação de uma arma biológica viva que fosse um soldado que seguisse ordens estritas, obedecesse a seu programa e tivesse inteligência.
Era o chamado "Tyrant", basicamente um monstro que nós tentamos criar.
Entretanto, havia uma obstrução maior à nossa pesquisa então. Encontrar um corpo básico para o "Tyrant".
O maior problema era que corpos apropriados para o Tyrant eram, até o momento, muito limitados geneticamente.
A origem do problema está na natureza do T-Vírus.
A mutação do T-Vírus usada para criar "zumbis" e "hunters" poderia ser usada em quase qualquer humano mas causaria um declínio nas capacidades cerebrais da cobaia.
Se a cobaia não tivesse uma certa quantidade de "inteligência" não poderia funcionar como um Tyrant.
Birkin tentou resolver o problema acrescentando novos mutagenes que diminuiriam a "destruição no cérebro da cobaia" de um modo que a mesma pudesse se ajustar ao "Perfil Tyrant".
Entretanto, o número de pessoas que tinham uma genética "apropriada" para aceitar as células tyrant era muito limitado.
Numa simulação de análise genética descobriu-se que apenas uma pessoa em um milhão tinham a genética apropriada para se tornar um "Tyrant", qualquer outra pessoa se tornaria um zumbi normal.
Se nós tivéssemos continuado nossa pesquisa eu tenho certeza de que acharíamos uma maneira de fazer um tipo diferente de T-Vírus que poderia transformar mais pessoas em "Tyrants".
Porém, para fazer essa pesquisa, nós precisávamos primeiramente de pessoas que fossem perfeitamente adequadas à nova mutação.
Entretanto, as chances de trazermos uma dessas pessoas, vivendo na América, que se encaixasse no perfil era extremamente baixa.
No final, a única coisa que pudemos fazer foi, pela força, trazer uns poucos "aproximados" de outros laboratórios.
Mesmo antes de começarmos nossas pesquisa, parecia que já havíamos atingido um obstáculo.
Naquele momento eu ouvi um rumor sobre outro local na Europa onde eles já haviam atingido o "terceiro estágio" da produção de uma arma biológica viva usando um método o qual ninguém nunca havia pensado.
Era conhecido como o "Plano Nemesis".
Para mudar o ritmo e condições de trabalho lentos, eu mesmo fiquei com a tarefa de conseguir uma amostra de uma das cobaias desse "plano".
Claro que Birkin contrariou-me, mas no final eu consegui fazê-lo reconsiderar.
Ninguém tinha escolha a não ser aceitar o fato de que, até encontrarmos uma amostra "Tyrant" apropriada, nossa pesquisa não ia a lugar nenhum.
O "pacote" da Europa chegou a meia-noite, vários dias depois, após uma série de transmissões, propostas e contra-propostas.
A caixa que "o" continha pousou no heliporto.
Estava escrito "Protótipo Nemesis".
Eu tive de usar algumas táticas fortes para conseguir a "coisa" incompleta de onde ela estava sendo pesquisada na França, mas durante todo o tempo, Spencer estava me apoiando, usando sua influência.
Somente Birkin não mostrou interessa na "coisa" até o fim. Mas, pelo menos, reconheceu que era parte importante do experimento.
A amostra foi desenvolvida para criar uma "forma" totalmente nova, nunca antes vista.
Manipulando genes, eles criaram artificialmente um "parasita vivo".
Era o que "Nemesis" realmente era.
Poderia se infiltrar no cérebro do outro organismo e tomar conta do mesmo, trazendo um alto nível de poder destrutivo.
Combinando inteligência com um corpo destrutivo apropriado para batalha, eles foram capazes de formar uma insuperável arma biológica.
E se eles conseguissem completar o projeto então teriam sido capazes de criar "corpos bélicos" sem precisar se preocupar com a questão da inteligência.
Entretanto, o problema era que "aquilo" não era estável.
A única coisa escrita no documento anexado com a amostra era "Falha - cobaia morta" várias vezes.
Qualquer coisa afetada e cuja inteligência fosse controlada morreria em 5 minutos.
Todos entendemos que mexer com o protótipo "incompleto" era muito perigoso.
Se nós pudéssemos de alguma forma aumentar o tempo de vida dos hospedeiros nós poderíamos assumir o controle do projeto. Era o que eu estava planejando.
Claro que "a" usaríamos como cobaia.
Claro que sua extraordinária alta resistência seria perfeita para sustentar o parasita do Protótipo Nemesis por um longo tempo.
Mesmo se ela não durasse muito, nós não estaríamos perdendo nada especial mesmo.
Entretanto, o experimento nos deu um resultado oposto ao que eu esperava.
O parasita Nemesis que tentou entrar em seu cérebro desapareceu.
Primeiramente, eu não sabia o que estava acontecendo.
Eu não conseguia acreditar que "ela" seria a que misturada com os genes parasitas não morreria.
Era o início.
Em algum lugar daquele corpo "imortal" houve uma mudança...
Tivemos de reexamina-la da cabeça aos pés mais uma vez.
Durante nossos 10 anos de pesquisa ela tinha sido totalmente examinada, mas desta vez nós ignoramos os dados anteriores.
Nos 21 anos em que ela esteve aqui, pela primeira vez, algo estava finalmente acontecendo.
Depois dela já ter sobrevivido mais tempo que as outras cobaias que receberam o Vírus Nemesis, somente Birkin foi capaz de perceber o que acontecia.
Havia algo "nela".
Esse "algo" era um desvio do plano T-Vírus.
Algo novo que abriu caminho para uma nova forma.
Algo que mudou nosso destino.
Era o início do "plano G-Vírus".

(O registro continua 7 anos mais tarde)

Parte 5 - G-Virus

31 de Julho de 1995

Já faz 17 anos que estamos "aqui".
Quando eu vim, me lembro do vento. O cenário e os prédios que nos cercam não mudaram nada.
Eu vi Birkin no heliporto. Ele chegou antes de mim.
Encontrar com ele foi, de algum modo, "nostálgico".
Havia 4 anos que eu havia deixado o Centro de Pesquisas de Arklay.
4 anos atrás, quando o plano "G-Vírus" proposto por Birkin foi aprovado, eu pedi transferência para a seção de "dados/informação" e meu pedido foi imediatamente aprovado.
O fato de que eu havia desistido de ser um pesquisador e precisava mudar parecia uma mudança natural pela qual muitas pessoas passam.
Na verdade, "G" já havia alcançado um nível acima de minhas habilidades.
E mesmo se eu não estivesse aqui para descobrir as "verdadeiras intenções" de Spencer, eu acho que, naquele momento, eu teria descoberto as limitações de minhas habilidades.
Enquanto o vento dançava am volta do helicóptero, Birkin estava, como sempre, concentrado em algum documento.
Aparentemente, ele estava vindo a Arklay por rotina, mas não era mais atribuído aqui.
Um tempo atrás, ele havia sido transferido para um enorme laboratório subterrâneo em Raccoon City. Era o laboratório principal da pesquisa do "G-Vírus".
Mas para falar a verdade, 4 anos atrás, eu não achava que Spencer aprovaria o "G".
Porque "ele" desviava idéia de "arma" e foi criado com muitos problemas não resolvidos.
A grande diferença entre o "G" e o "T-Vírus" era que um corpo infectado pelo "G" continuaria mutando espontaneamente.
Claro que os genes de um vírus não são protegidos, então logo entra em mutação.
Mas as células de um organismo vivo são diferentes.
Mesmo se a estrutura das cobaias fosse alterada pelo vírus, as células no organismo do corpo raramente são mutadas.
Claro que usando outros "estímulos" como radiação você pode fazer com que mutações ocorram em corpos vivos.
Entretanto, um corpo infectado pelo "G" continua a mutar, sem qualquer estímulo, até que a cobaia morre.
Até mesmo aquele "T-Vírus" tem muitos atributos similares do "G".
Já havia sido observado que a estrutura genética de uma das "armas biológicas vivas" (uma pessoa infectada pelo T-Vírus), quando colocada numa situação especial, "mudava" continuamente.
Mas para que essa mudança ocorra é necessário usar outros estímulos como um catalisador. E pode-se vagamente prever que mudanças vão ocorrer.
Entretanto, não há "leis" para um corpo infectado com "G".
Ninguém pode prever como alguém infectado pelo "G" vai se transformar. Não importa o método que você use para competir com "G", ele continuamente muda, tornando este "método" ineficiente.
7 anos atrás, Birkin notou um pouco esse efeito na cobaia de teste feminina.
Não havia mudança em sua aparência, mas algo dentro dela constantemente mudava e ela continuava co-existindo com o vírus usado nos experimentos.
Então, após 21 anos de mutações internas, até mesmo o "parasita Nemesis" se tornou apenas mais uma mutação em seu corpo.
O "Plano G-Vírus" era um plano para levar estas "características" ao limite.
Entretanto, aquilo em nossa frente poderia ser uma evolução da "forma final" para a humanidade... ou poderia ser um "final" em que o organismo simplesmente morre...
Nós realmente podíamos chamar aquilo de arma?
O que Spencer estava pensando quando aprovou esse plano?
Apesar de eu estar trabalhando na seção de informação por estes 4 longos anos, eu ainda não tinha conseguido descobrir o que Spencer planejava.
E agora Spencer parou de vir a Arklay.
Quase como se algo pelo qual ele ansiosamente esperava começasse a acontecer.
Spencer, como uma miragem do deserto, começou a crescer cada vez mais longe de mim.
Mas eu tinha certeza de que uma chance iria se apresentar a mim.
Isto é, é claro, se eu vivesse até esse dia.
Birkin e eu entramos no elevador e fomos ao último andar.
Ao lugar onde "a" encontramos pela primeira vez.
Um homem chamado John, sucessor de Birkin e novo pesquisador chefe estava nos esperando.
Ele veio de um centro de pesquisas em Chicago e era supostamente um cientista muito talentoso, mas era muito "certinho" para trabalhar num lugar como esse.
Ele começou a questionar a "humanidade" do que acontecia nos laboratórios e fez com que os executivos de alto escalão soubessem suas opiniões.
Eu ouvi rumores dele na seção de informação.
Todos pareciam concordar que se alguma informação vazasse, ele provavelmente seria o culpado.
Ignoramos John e continuamos andando, e então começaram os procedimentos finais de "destruição" dela.
"Você deve mata-la".
Por ela estar infectada com "Nemesis", apesar de em quantidade menor, ela começou a "pensar" e se tornar consciente. Ela começou a agir de maneira "grotesca".
Seu comportamento continuava evoluindo e agora ela vestia o rosto de outra mulher que ela havia "arrancado" como uma máscara.
De acordo com os registros, ela agiu da mesma forma após terem dado o primeiro "Vírus Inicial".
Não sei por que ela começou a agir assim, mas pelo fato de ela ter matado 3 pesquisadores recentemente, "eles" decidiram se livrar "dela".
Agora que a pesquisa "G" está encaminhada, não há uso para uma "cobaia" como ela.
Após constante checagem e confirmação por 3 dias de que ela estava morta, seu corpo foi, de acordo com as ordens do Chefe do Laboratório, levado para algum lugar.
No final, eu nunca soube quem ela era e porque foi trazida aqui?
Claro, ela era comente uma cobaia.
Mas pensando bem, não haveria "Plano G" algum se não fosse por ela. E Birkin e eu estaríamos provavelmente levando vidas diferentes agora.
Eu deixei o Centro de Pesquisas de Arklay pensando bem nisso.
Eu imagino quanto disso estava de acordo com o "plano" de Spencer.

(3 anos depois ocorreu o incidente)